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Resenha: Confissões de uma garota excluida, mal-amada (e um pouco) dramática


30 julho 2016


Teanira, ou melhor, Tetê (porque ninguém merece ter um nome desses, né minha gente?), é uma garota como eu, você, e até nossa mãe um dia foi. Um pouco dramática. Quem nunca passou por essa fase na adolescência? Época de muitos julgamentos, época de mudanças e de descobertas.


Tetê mostra que passou muito por isso, inclusive, a coitada nem amigos tinha na sua antiga escola. Era motivo de chacota no colégio e possuía vários apelidos maldosos (como Tetê do cecê) por causa da sua aparência e descuido. Por esse e outros motivos ela teve que fazer uma sessão com um psicólogo, pra mostrar para a sua mãe e sua família que ela não era nenhuma anormal como todos sugeriram. Ela só gostava de ficar sozinha porque não tinha ninguém mais para gostar dela.
“As pessoas se dividem em duas categorias: as que são convidadas para tudo e as que são convidadas para nada. Eu, obviamente, me enquadro no segundo grupo.”
Agora ela está com mais medo ainda, pois mudança nunca foi uma palavra muito agradável para ela, e justo aquele ano ela teria que mudar de escola e enfrentar tudo de novo. 


Tetê mora com seus avós e seu bisavô em um apartamento em Copacabana e por causa disso (e pelo fato do seu pai ter perdido o emprego e sua mãe não poder sustentar a família sozinha) terá que enfrentar a nova escola, que agora fica perto de onde mora. Logo no primeiro dia de aula, ela já fica com um pé atrás, mas não deixa de fazer as maluquices de sempre, falando rápido demais e mais que o necessário, sendo muito tímida e excluída... são pontos que ela achava serem negativos para se conseguir um amigo. Mas nesse dia ela consegue dois... DOIS! E o melhor de tudo, consegue um novo amor. Só que ela se proibiu de amar novamente, já que os outros romances fizeram seu coração partir em mil pedaços.
“A gente não está na pele do outro para sentir.”
Mas ele era tão lindo, e simpático, e parecia não se importar com o peso e a aparência dela. Melhor, parecia até gostar de falar com ela. Mas seria possível? Um garoto lindo e popular como aquele gostar de uma garota como ela? Mesmo estando namorando? E com uma garota escrota metida à perfeitinha? Como ela pode gostar dele assim? E será que ela gosta mesmo dele? Será que não era exagero de sua cabeça?

Ou será que ela poderia estar gostando de outra pessoa?


Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática, foi um livro que me fez voltar ao tempo. Como eu disse, acho que todo mundo já passou por isso em algum momento da sua infância. Eu me vi novamente nos meus 8 anos de idade e senti tudo o que a protagonista quis passar. Apesar de ser um livro descontraído e para jovens, em alguns momentos me fez até chorar, com ensinamentos que deveríamos ter aprendido antes, mas que provavelmente só vamos aprender quando isso realmente acontecer.
“A gente costuma pôr a culpa das coisas nos outros e em geral espera que os outros mudem, que o mundo mude, mas a verdade que eu descobri que nada muda. Mas se a gente der um passo, um passinho que seja em direção a fazer algo diferente pela gente mesma e modificar quem a gente é, plim! A mágica acontece e tudo muda ao redor!"
Thalita Rebouças consegue colocar assuntos um tanto polêmicos, como o bullying, de um jeito descontraído que nos faz tirar muitas risadas. Mas também consegue nos ensinar sobre amor próprio, sobre como as mudanças podem acontecer e que isso não precisa ser necessariamente de dentro pra fora. Afinal de contas “Mudar só um pouquinho por fora pode mexer um muitão por dentro.

PS: Não precisa nem falar dessa capa, né? Que coisa mais linda!



Livro: Confissões de Uma Garota Excluída, Mal-Amada e (Um Pouco) Dramática
Autor: Thalita Rebouças
Editora: Arqueiro 
Páginas: 272 
Comprar: Saraiva 
Livro enviado para resenha 
Nota:        

10 Músicas Para Se Ouvir Enquanto Viaja


27 julho 2016


Quem não ama viajar? Agora, sempre tem quem gosta de fazer isso ouvindo músicas. Em um ônibus, dirigindo, principalmente, não importa como, quando a música parece adequada para aquele momento, passa uma leveza, te faz lembrar que está em uma viagem, ai ela se torna incrível. Fiz essa playlist com alguma das minhas músicas preferidas para se ouvir enquanto viaja.

10 - Filter - Take A Picture


 Essa música eu não sei se tem realmente um motivo, mas o ritmo, a letra, ela em si, me faz viajar mesmo estando no meu quarto. Em uma viagem então...

9 - Syd Matters - Obstacles


 Essa aqui é para quem gosta de refletir, pensar, ou simplesmente relaxar enquanto aproveita o passeio.

 8 - Tópaz - O Mundo É Nosso


 Acho que essa música aqui é incrível para se ouvir quando esta acompanhado de alguém especial, amigos, família, alguém que esteja com você. Ela dá uma sensação boa, faz com que eu me sinta grande - por dentro -. Espero que sintam o mesmo.

7 - Snow Patrol - Open Your Eyes



Essa música além de ser uma das minhas preferidas é ótima e especial para quem gosta de se sentir em um outro mundo enquanto viaja, de aproveitar cada coisa no caminho, ou simplesmente de sonhar longe. Talvez a música em si e esse clipe mostrem porque eu escolhi ela.

6 - Black Eyed Peas - I Got Feeling


 Essa música durante uma viagem é para quem gosta de deixar as coisas um pouco mais animadas, ou de lembrar um pouco do passado quem conhecer a música vai entender o motivo.

 5 - Miley Cyrus - Butterfly Fly Away


 Acho que essa música é para quem vai viajar sozinha (o) pela primeira vez, quando tem aquela nova ''aventura'' de sair de casa e ver que cresceu. Ou para quem tem esse sonho, de que isso aconteça um dia.

4 - Jennette Mccurdy - Not That Far Away


Essa aqui é para as pessoas que sentem saudades dos pais quando estão longe. Ou que tem aquela família superprotetora que te acolhe do mundo, e fica com aquele fiozinho na barriga quando precisa ir ou escolhe ir para um lugar longe deles, mesmo que para se divertir um pouco.

3 - Daughtry - 18 Years

Essa música é para os que gostam de relembrar de algum momento da vida enquanto viajam, que lembram do passado e ficam com aquele aperto no peito de saudade do que não vai voltar. E para aqueles que vão rever ou estão com velhos amigos, lembrando dos momentos que passaram juntos.

2 - Passion Pit - Lifted Up


Vou colocar essa música para os que sempre esperam por algo e esse algo finalmente acontece. Para os que viajam com a sensação de que algo que nunca acontecia, aconteceu, quando viajam com a sensação de liberdade e de que as coisas estão dando certo, quando se sente que está feliz.

1 - Steve Earle - Someday


Essa é para os que sempre sonham em sair de onde estão, e esperam ansiosos por esse dia. E também para quem finalmente conseguiu isso e no caminho lembra do quanto queria isso. A música em si, essa letra que te faz viajar de onde quer que esteja, é o motivo de eu ter colocado ela em primeiro lugar.

Espero que tenham gostado e que possam viajar - de onde quer que estejam - com essas músicas incríveis.

Uma romântica incurável


23 julho 2016


Eu tenho um mal, ele se chama romantismo. Sou daquelas pessoas que sai pela rua em busca de uma nova história, para ouvir ou viver. Histórias que fazem o coração transbordar e fazer os lábios sorrirem num sorriso largo. Vejo a vida cor-de-rosa, como meus amigos dizem. Tudo é lindo no mundo das ideias, até que eu me deparo com a realidade. 

Já tentei por diversas vezes ser imparcial, fingir ser forte o suficiente e não me entregar a paixões ou melhor, ilusões. Mas eu falho, meu lado romântico não me deixa ser outra coisa a não ser uma sonhadora. Sei que o mundo carece de pessoas que veem a vida com olhos doces, que além de coincidências, acreditam no destino. Por falar nele, acreditar em sinais faz parte do processo de minhas idealizações, tenho mania de ver sinal em tudo, ligo os pontos e crio algo que talvez não existiu, não exista e nem vai existir. Mal de romantismo. Mal de achar que repetidos encontros casuais na rua significam alguma coisa. Mal de achar que se aquele alguém da rua estiver na mesma festa olhando em teus olhos significa tudo. Bobeira a minha achar. Puro achar. De tanto mal, mal sabia eu que por trás daquele sorriso lindo e cheiro que me tirava dos eixos não havia nada, nada de romantismo. 

Para ela, havia mágica. Para ele, havia o momento . Para ela, era especial. Para ele, algo normal. Ela não queria namorar, mas queria tê-lo, disso ela sabia. Ele não queria namorar, mas tê-la era só um detalhe diante de suas prioridades distantes dos abraços e beijos dela. Ela decidida a romper com a fantasia e cair novamente nesse mundo marginal, decidiu abrir os olhos e fechar o coração. Disse adeus, não queria perder-se novamente. Ele, não queria que fosse assim, conseguiria permanecer ao lado dela mesmo não estando. Como pode alguém, estar e não se entregar? Ele pensou conseguir. Ela, tinha certeza de que não conseguiria viver escondendo as asas que existiam dentro de si. Decidiu então voar novamente, não com o intuito de ir para outro jardim, mas para retroceder acolhendo-se em seu antigo casulo.

Reforma do quarto: Antes e depois


21 julho 2016


Já faz um bom tempo que eu queria mudar o “visual” do meu quarto. Eu amo decoração, amo, amo, amo e amo. Ainda bem que consegui (com ajuda da minha tia) mudar ele antes de começar a faculdade, pois imagina só ter que escrever colunas, ilustrar, ler livros que recebo das editoras e ainda estudar/ler outros livros da faculdade? Socorro, né.

Eu ainda quero acrescentar algumas coisinhas, só não sei bem o que posso fazer mais, sinto que falta alguma coisa, mas vou deixando até ter uma ideia, aliás, eu aceito sugestões, tá?

Tudo o que tem no quarto foram coisas que eu mesma fiz (tirando as coisas que tem na mesa, tipo os quadros brancos), pintei a parede com minha tia e comprei papel contact preto pra fazer os triângulos, todo mundo tá achando que coloquei papel de parede, mas NÃO É NENHUM PAPEL DE PAREDE, eu só usei papel contact mesmo, desses baratinhos que achamos em qualquer papelaria e recortei tudo em forma de mini triângulos. Os quadros eu já tinha feito com a ajuda de video DIY do blog namoradacriativa e o muralzinho com um galho de arvore e algumas fotos foi de um vídeo da Mari. As fotos ao lado do meu guarda roupa eu só imprimi e colei com fita adesiva preta. Tudo foi muito simples e rápido, mas melhorou muito a aparência do quarto. Vocês vão perceber isso nas fotos que vou colocar.

E sabem o melhor de tudo isso? Eu não gastei nem 100 reais!

A N T E S




D E P O I S





Gostaram do resultado? Eu tô amando meu quartinho novo! 

Resenha: Sedução da Seda


20 julho 2016


Gente, vamos com calma. Eu ainda preciso de alguns minutos pra minha respiração voltar ao normal. Por Deus, que livro incrível! Li algumas resenhas falando mal desse livro. Não sei se é porque eu geralmente não escrevo resenhas que falam mal do livro, porque eu sempre acabo gostando. Pra eu falar mal ele tem que me desagradar muito, tipo A Sereia, que no meu ver, teve uma protagonista muito fraquinha. Mas enfim, acho que o ponto principal do livro, o ponto que me deixou concentrada e me fez amar cada detalhe na historia foi a protagonista. Eu amo, amo protagonistas fortes, que sabem o que querem e lutam por isso. E vamos combinar que os livros da Loretta Chase têm muito disso, não é?


A capa ficou linda, da serie toda acho que essa é a melhor! E a protagonista? Como eu disse, fiquei apaixonada por ela desde o momento que a vi lutar pelo o que quer, e o tanto que ela e as irmãs batalharam para construírem o ateliê. Ela é determinada e apesar de ser solteira e ter uma filha (porque isso com certeza era um problema naquela época, talvez até hoje por causa de julgamentos), ela não se deixa abalar, mantém a cabeça erguida e vai atrás do que acha melhor para ela.

Eu entendo que tem muito pontos fortes nesse livro que faz as pessoas não gostarem dele, por ser um livro de época e retratar essas coisas, mas foi exatamente isso que eu gostei nele. O fato de não retratar o romance que estou acostumada a ler.

Marcelline Noirot está prestes a fazer de tudo para conseguir ser a modista de Lady Clara e fazer seu vestido de noiva. Ela está prometida ao Duque Clevedon desde a infância e agora, com toda a amizade leal entre eles, ela está prestes a se casar com seu amigo.


Contudo, Clevedon, que nitre sentimentos esperançosos pela futura esposa, se vê recaído pela modista. Como ele não é nenhum santo, cheio de amor pela esposa, se vê encantado pela modista. O que é realmente proibido, um cara, um Duque como ele, estar com um Lojista. Só que a sedução de Marcelline era só para conseguir um contato maior com ele, para falar de seus planos sobre sua esposa e que ela faria de tudo para ser sua modista no casamento.

É claro que se fosse pra ficar assim, não seria um livro digno de Loretta Chase, as coisas começam a esquentar entre eles e o que era um simples joguinho, virou algo maior, algo que nenhum dos dois pode conseguir controlar. Agora nenhum dos dois sabe o que esperar e estão seguindo a risca o que a sociedade quer, mas o que importa mesmo não é o que eles querem?


Sedução de seda é um livro que foge do padrão romance de época, é carnal, é puro desejo e sedução e com certeza, é amor. O mais verdadeiro amor. Apesar de todos os julgamentos. Conforme a historia prosseguia, eu me encontrava aflita, queria saber como aquilo ia terminar, afinal, são tantos pontos negativos para isso não dar certo. Tudo vai de encontro pra esse romance não acontecer e mesmo assim... Tira todas as duvidas que permaneceram na minha cabeça. Fiquei apaixonada por Clevedon (e vocês vão entender por que), Marcelline ficou na lista das minhas protagonistas de romance de época favoritas e Clara, a futura noiva de Clevedon, é incrível, doce e terá um livro só para ela.

O que me ajudou muito depois que terminei de ler, pois gostava dela e não queria que ela terminasse sem o noivo. Mas com certeza tudo irá se encaixar no final. Até porque terão mais três livros, um pra cada personagem. As duas irmãs de Marcelline, que são umas fofas e tão determinadas quanto ela, e outra para Clara. Eu mal posso esperar pela leitura! E você?



Livro: Sedução da seda
Autor: Loretta Chase
Editora: Arqueiro
Páginas: 302
Comprar: Saraiva
Livro enviado para resenha 
Nota:        

Sobre amores que recusamos que sejam amor


18 julho 2016


É aquela conversa que não tem nada de novo, que sempre pede no final uma "pizza" que estou falando. Aquele amor cafajeste, territorialista, dominador, até promíscuo que tanto nos fazem odiar amar e nada como uma bela contradição e que nos faz perdidas nesse amor doentio, masoquista e sádico.

Os olhares que lançamos para tela de um celular, de um computador quando na verdade queríamos estar lançando para a pessoa que nos responde. Um quinto de século e somos, e estamos, jovens que na busca de paixões, nos deparamos com o amor e quando esse amor, que não procuramos, é encontrado, somos feitos reféns de nós mesmos. Reféns de algo tão substancial, mas tão volátil, tão intenso como terno, tão vivaz como apaziguador, tão perturbador como sereno. Somos reféns de escolhas que nem fizemos.

E quando aquele olhar na tela já não basta, quando as letras já se embaraçam, quando as sensações passam a ser tão táteis, é quando não há mais a saída. Percebemos de fato que não há mais solução a não ser se entregar de corpo e alma, e nunca corpo e alma foi tão real. Nunca o corpo foi tão possuído por outro ser e a alma tão devorada. Perdemos a convicção de nós mesmos, dos nossos sentidos, nos jogamos do abismo que é esse sentimento na esperança do outro estar lá para nos aparar na queda. Essa esperança, essa confiança, que nos faz recusar que seja amor. A queda é livre, mas a chegada sem ninguém para aparar, doi.

Queremos só aventuras, conhecer novas línguas, novos céus, mas no meio da viagem somos surpreendidas, o espaço que separava na cama, virou conchinha, o boa noite sem graça, se transformou em um beijo demorado de meias línguas, os lençóis são únicos, não há dois, só um. Tem o cheiro de banho, aquele hálito de pasta que se tornou gostoso, o suor que escorre dos braços, das pernas, dos seios só por causa daquele contato permanente, tem os dedos entrelaçados e a respiração calma, às vezes afoita do sono. O dormir não é o mesmo e o acordar também não. São as forças, vontades, intensidades, sensações que nos fazem cair na armadilha e ficarmos no final por vontade própria, e aí, já foi! Já não há mais razão de achar que tudo será só perdas, será também ganhos.

E sobre esses amores que recusamos que sejam amor? Esquecemos da recusa e aceitamos. Nos perdemos aceitando, que por fim faz com que o toque ainda esteja na pele, o beijo na boca, o riso no ouvir e o boa noite, sempre no dormir.

Resenha: O papai é pop 2 e A mamãe é Rock


17 julho 2016


Apesar de não ter o primeiro Papai é pop, já tenho uma ideia do que é por esse segundo livro. Cheio de amor, de saudade e de lembranças que todo o pai guada de seus filhos. Cada detalhe transformado em palavras de um jeito único e maravilhoso.

Com cronicas que falam sobre a troca de fraudas, idas a escola e momentos que com certeza te farão rir, papai é pop nos mostra que a vida de um pai é muitas vezes viver um sonho, não é tão agoniante e também não é tão fácil, mas com certeza vale muito a pena depois que você vê o sorriso de sua filha ou filho.


Já o mamãe é rock, é praticamente igual, veja, eu disse praticamente. As cronicas tem historias sobe gravidez, mudanças, problemas na escola, entre outras coisas muito engraçadas e que farão você mudar de ideia sobre ter filhos. Afinal de contas, não é nada no estilo criança birrenta que deita no super-mercado. Essas historias são leves e apesar de algumas situações parecerem difíceis, conseguimos entender que pra uma mãe, contornar situações problemáticas acaba sendo algo natural.


O livro também é muito mais real do que se imagina, não tem nada de postar fotinha com o filho no facebook pra dizer que sua vida é perfeita e o livro explica muito bem isso. 

Recomendo muito os dois livros, eu li eles em um dia e tenho que confessar que depois fiquei com aquele sentimento de nostalgia.

Para as pessoas que vivem contando histórias tristes da própria vida


16 julho 2016


Todo mundo passa por momentos e momentos na vida. As vezes tu se vê todo feliz, as vezes triste. As vezes querendo explodir e ir para bem longe. Todo mundo sente muito. Cada um tem sua maneira de expressar isso. No meu caso, eu gosto de escrever. Querer passar para as pessoas o pouco que eu sei. Se é que sei. 

Na vida tu vai passar por todos os tipos possíveis de sentimentos. Alguns que nem mesmo você ou o cientista mais louco vão saber o que é. Porque não tem ninguém que pode explicar. Tu vai ter muitos amigos, mas poucos vão ficar. Quase nenhum. E tudo bem. Tudo bem mesmo. Tu vai ter vários amores. Vai encontrar umas dez vezes (ou mais. Ou menos) o amor da sua vida. E eles vão todos embora. Mas um dia um vai permanecer e vai ser muito mais que todos os outros. É sério, vai. 

E provavelmente sempre vai ter alguém do teu passado que vai sentir tua falta e o peso da perda de ter te deixado ir embora. Mas isso também vai acontecer com você. Vai sim. E como vai doer. Sentir falta de algo dói mais que levar vários choques seguidos. E tu vai passar por isso várias vezes, na sua vida inteira. Até alguém não ir embora. E um dia, alguém não vai. Tu vai descobrir que um "eu te amo" as vezes não é uma frase boa. Que as vezes é pior que um tiro. É um palavrão dos piores - que tu diz e pede desculpa para o universo todo em seguida. 

Tu vai cair de cara no chão. Respirar tão fundo que vai achar que roubou todo o ar do mundo. Aí vai respirar de novo e ver o quanto é forte. E que sempre vai ser mais. Vai ter que ser, porque a vida te cobra isso. Mas um dia vai dar tudo certo. Vai sim. Vai ficar tudo bem. Eu prometo. Se tu cai é porque tava conseguindo ficar em pé antes. E porque tem que levantar depois. 

Eu vejo tanta gente contando histórias tristes da própria vida. É o que eu mais vejo. Um desabafo para desconhecidos - ou talvez para ninguém. Eu tenho aquela vontade imensa de chorar por desconhecidos. De ir em todo lugar do mundo para abraçar todos eles. 

Tá tudo bem. Se não estiver ainda, vai estar. Logo. A vida é rápida. Prometo. 

Acho que todo mundo tem um modo de se expressar quando tá explodindo. Por você, ou por todas as pessoas. Ou algumas. Eu escrevo.

Resenha: Desvende meu coração


06 julho 2016


Preciso dizer que a ideia desse livro é muito lacradora. Por ser um livro interativo e tudo mais, é muito diferente dos outros que já li, não é só um livro pra fazer listinhas, pra congelas e deixar ele todo amassado, não! O livro tem o proposito de fazer você, quase literalmente, rabiscar seu coração.

Falando assim parece loucura, mas a ideia é ótima e muito, muito engraçada também. Você vai rir da sua desgraça e vai aprender com seus erros a cada pagina que você for interagindo. Eu sugiro que você seja muito sincero consigo mesmo, porque tem perguntas muito comprometedoras e se você preencher todo ele, não é bom sair mostrado pra todo mundo, mas acho que não mostramos livros interativos pro povo, não é mesmo?


Não é segredo de ninguém, que lê meu blog que eu sou aloka das capas bonitas e não tenho vergonha de admitir isso. O livro me conquistou principalmente pela sua capa vermelha e meu deus, muito bem ilustrada. Acho que não pensaria em algo melhor para representar o livro.


O livro não é muito pra ser lido, claro que tem muitas partes nele que nosso coração agradece pela leitura, mas é principalmente um confessionário amoroso, então recomendo que escrevam a lápis todas as respostas, vai que um dia vocês pretendem usar ele de novo e tudo mudou? Você pode estar em um novo relacionamento, pode estar solteira, pode sentir algo totalmente diferente do que sentia quando rabiscou ele pela primeira vez, afinal estamos falando dos sentimentos e nada nele foi feito pra ter fim.


O livro ganhou meu coração principalmente por todo o desenho nele, do começo ao fim, as fontes usadas nas letras, as ilustrações, as cores vivas, a diversão e o segredo em cada página. É impossível você começar a ler e não pegar um carinho enorme por ele.


Sem contar que o livro É MUITO fotogênico né gente? Meu deus! Dá até gosto de fotografar ele haha, dá vontade de fotografar todas as páginas aqui e mostrar para vocês, mas tenho que me controlar senão perde a graça. Recomendo essa leitura para todo mundo, solteiras, comprometidas, casadas o livro é para todo tipo de pessoa, principalmente pra quem tá com algum problema amoroso.  Espero que tenham se apaixonado tanto quanto eu me apaixonei! 



Livro: Desvende meu coração
Autor: Dominic Evans
Editora: Belas-Letras
Páginas: 144 
Comprar: Saraiva
Livro enviado para resenha 
Nota:

Resenha: Amor à moda antiga


03 julho 2016


Eu sempre fui muito fã do Carpinejar (ou seria Carpi Nejar?) desde o momento que li um dos seus textos soltos pela internet a fora, então esbarrei com eles algumas outras vezes e a curiosidade me venceu. Pesquisei mais e me apaixonei pela sua escrita.

Capinejar tem um “quê” engraçado em seus textos e poemas (e entrevistas talvez) que me lembra um pouco Bukowski, com aquele jeito malandro de usar as palavras, mas tudo na sua medida certa.



O livro mostra mesmo o amor em sua moda antiga, com poemas curtos a cada página que consegue fazer o leitor imaginar cada detalhe da tão falada mulher, quando ela amarra a gravata dele, quando ela solta os cabelos, quando ela suspira, e seus vários momentos que Carpinejar deixa tão explicito no livro. Cheguei até a pensar (e talvez seja mesmo verdade) que o livro é dela, e não dele.



Fiquei encantada com as palavras e com toda a edição do livro, pra quem não sabe, a editora não arrumou nada nele, não teve nenhuma revisão, todos os poemas possuem rasuras e rabiscos feitos pelo próprio autor enquanto estava escrevendo em sua maquina verde-esmeralda. Eu achei a capa muito original, com esses recortes no meio dos nomes, toda trabalhada no verde e achei mais lindo ainda o detalhe da maquina de escrever logo no inicio do livro.



Pra quem gosta de poesia (e até pra quem não gosta porque a leitura é mesmo muito gostosa e rápida) o livro é uma “boa pedida” para presentear a pessoa que ama, né? Espero que tenham gostado desse livro tanto quanto eu gostei.




Livro: Amor à moda antiga
Autor: Fabricio Carpinejar
Editora: Belas-Letras
Páginas: 110
Comprar: Saraiva
Livro enviado para resenha 
Nota:        
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